Cachaça de jambu, criada pelo chef Dedé Parente, está entre as prediletas do público no rodízio de cachaças
Com o objetivo de homenagear a típica bebida brasileira, a Cachaça, nesta sexta-feira, 13, data em que se comemora o Dia Nacional da Cachaça, a rede de lojas da Cachaçaria do Dedé, em Manaus, convida você para participar da degustação de cachaças, que acontece em todas as unidades.
Para celebrar essa data especial, os clientes que visitarem as lojas da Cachaçaria do Dedé nesta sexta-feira, 13, terão a oportunidade de conhecer e saborear os diversos rótulos de cachaças que estão disponíveis nas vitrines das unidades do Parque 10 e shoppings Amazonas, Manauara e Ponta Negra.
Sabor da Amazônia
Devido a forte admiração pela bebida e com a finalidade de deixar uma marca registrada com os ingredientes da Amazônia, o chef André Parente, mais conhecido como “Dedé”, com coragem, inovação e paixão pela culinária local, lançou a Jambucana, uma cachaça especial desenvolvida e lançada por ele, em 2015, e que tem conquistado o paladar do público no cenário nacional e internacional.
De acordo com o sócio proprietário da Cachaçaria do Dedé, Rogério Perdiz, o projeto da Jambucana, que começou a ser vislumbrado em 2014, foi uma idealização em função de querer ter um produto unindo a Amazônia com Minas Gerais, reconhecida pela diversidade das cachaças artesanais e de qualidade.
“Sempre tivemos rótulos de diversas regiões do Brasil, sendo os grandes polos produtores Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Nordeste. Com isso veio a inquietação de termos um produto com algum ingrediente amazônico. Começamos a pensar em vários ingredientes e uma das ideias foi utilizar o jambu, uma erva amazônica, muito utilizada na culinária”, explica Rogério.
Cachaça de Jambu – Jambucana
O jambu se tornou matéria-prima utilizada na produção de bebida alcoólica, sendo aproveitada toda a planta: raiz, talos e folhas na mistura da aguardente e no melaço de cana de açúcar em seu processo de fabricação. A Jambucana é uma bebida mista, que em sua composição tem essência de jambu, melado de cana, extrato de canela, cravo, gengibre, ácido cítrico e cachaça do Dedé Prata.
Segundo o sócio proprietário, Rogério Perdiz, a bebida não pode ser chamada de cachaça no rótulo, devido a legislação sobre o destilado que só permite a classificação se tiver o uso exclusivo da cana. Mas, ela é tratada como tal num mercado com mais de 3 mil rótulos de cachaça.
Ele explica que o produto possui o selo do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), que garante a sua exportação, e com o selo da Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas (Apacs), que assegura a sua qualidade e originalidade de um produto artesanal.
Produção
Foram dois anos de pesquisa para o desenvolvimento da bebida. A ideia era dar um toque amazônico à típica cachaça brasileira, o que foi alcançado com louvor pela cachaça de jambu. “A partir do momento em que determinamos que seria utilizado o jambu, não era simplesmente misturar jambu mais cachaça. Foram feitas mais de 30 simulações. O chef Dedé começou a desenvolver as composições e um master bland, de Minas Gerais, fazia as análises técnicas, até chegar à fórmula da Jambucana”, explica Rogério.
Como a Jambucana começou a ter um maior volume de produção, começou a ficar inviável enviar o jambu in natura até o produtor, que fica em Minas Gerais. Ao procurar alternativas, encontraram um pesquisador em Belém que desidrata a erva, produzindo um jambu pulverizado, o que facilitou o processo e o transporte.
O Jambu
O jambu é uma erva típica da região Norte do Brasil, especificamente dos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia.
Facilmente encontrado em feiras e mercados locais, é vendido em maços, e é muito utilizado na culinária da região. Por exemplo, o jambu é ingrediente fundamental na preparação de pratos típicos como o tacacá e o pato no tucupi.
O diferencial desta erva não é especificamente o sabor, mas a sensação de dormência e formigamento que causa nos lábios, língua e céu da boca, o que proporciona uma experiência gastronômica exótica.
Combinação
Segundo o chef Dedé Parente, a dica para acompanhar a Jambucana são os petiscos salgados. Ele recomenda a Costelinha do Dedé, o Joelho de porco e a Paçoca, que harmonizam com a bebida. Isso porque terá a suavidade e o aveludado da Jambucana contrastando com o sabor mais salgado.
“A Jambucana deve ser tomada como se fosse uma degustação, onde é recomendado apreciar a bebida. É um degustar lento para que possa sentir todos os aromas, as sensações, notas das essências. O ideal é tomá-la bem gelada, num copo adequado que favoreça os aromas”, garante Rogério.
De acordo com Rogério Perdiz, há dois anos consecutivos a Cachaçaria do Dedé registrou um crescimento na venda na ordem de 23% do produto. “Isso indica que há uma aceitação do público. Estamos posicionando o produto de valor agregado, diferenciado, exclusivo, sofisticado, para uma saborização consciente, sem excessos, o que torna agradável a degustação da Jambucana”, relata.
Internacionalização
O projeto que está sendo viabilizado pela Cachaçaria do Dedé para 2020 é destacar o produto no mercado internacional, primeiramente nos EUA. Além disso, a Jambucana já foi apreciada e aprovada pelo público em Portugal, Inglaterra e Alemanha.
Atualmente, a Jambucana tem distribuição nacional, realizada para grandes consumidores através da distribuidora Savana, em Belo Horizonte. Além de ser vendida em portais eletrônicos especializados, como cachaçaria nacional, drinkeat e clube empório. De acordo com levantamento da distribuidora Savana, o produto já foi comercializado para mais de 20 estados do Brasil.